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O Mal da Sobrevivência

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Raoul Vaneigem , filósofo francês existencialista e libertário para mim e situacionista para outros dos tempos de 1968. Poucos escritores conseguiram dar tanta transcendência à palavra destruição. O trecho que vou colocar é, assim considero, do seu melhor livro: A Arte de Viver Para as Novas Gerações . " O Mal da Sobrevivência " - O homem da sobrevivência é o homem do prazer-angústia, do inacabado, da mutilação. Aonde ele iria se reencontrar nessa perda infinita de si mesmo para a qual tudo o empurra? Ele vaga num labirinto sem centro, um labirinto cheio de labirintos. Arrasta-se num mundo de equivalências. Matar-se? Para se matar é preciso algum senso de resistência, possuir em si um valor para destruir. Se ele não existe, os próprios gestos de destruição se reduzem a nada. Não se pode lançar o vazio no vazio. "Se uma pedra caísse e me matasse, pelo menos ela teria uma utilidade,' escreveu Kierkegaard. Não há ninguém hoje, penso eu, que não tenha sentido horror de