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A Verdade Enquanto Subordinação à Legislação da Linguagem em Nietzsche

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Em Nietzsche encontramos fortes argumentos contra a concepção de verdade enquanto uma “âncora” legítima da linguagem ao seu pretendido objeto. A consolidação de um esquema conceitual necessário, em vez de constituir critérios para uma efetiva objetividade, na verdade acaba por evidenciar a impossibilidade de um conhecimento essencialista por meio da linguagem. Esta afirmação surge do argumento de que o homem, em seu enigmático impulso à verdade, busca constituir metáforas – pelo seu termo nada condizente com a realidade pretendida - que relacionam as propriedades dos objetos não pelas relações próprias da natureza, mas pela linguagem. Tal como Nietzsche diz: “Metáfora significa tratar como igual algo que, num dado ponto, foi reconhecido como semelhante.”. Os esquemas conceituais estabelecidos se sustentam no “esquecer-se do diferenciável”, na “omissão do desigual”, ou seja “todo conceito surge pela igualação do não igual”. Assim, as individualidades que deveriam ser contingentes