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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Do Pampsiquismo das Idéias

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 O péssimo, ou maravilhoso para alguns, hábito humano de fazer da sua criatura seu próprio carrasco. Ou ainda: em tudo deixar, "humildemente", a criação se voltar contra o criador. Isso é um fetiche. Não é a toa que existem tantos filmes de uma "rebelião das máquinas". Incrivelmente, gostamos até mesmo de imaginar a criação se tornando um monstro concreto - como se não bastasse tantos monstros abstratos ou sentimentos algozes. É justamente isto que deixamos acontecer com nossas criações: a linguagem - e portanto os conceitos de humanidade -, o método, a religião, a tecnologia materializada, o próprio hábito (e portanto a inércia cotidiana e intelectual), o Estado, as relações interpessoais (principalmente amorosas), a vasta ética contemporânea (que tanto pesa na mochila do militante hoje) e por aí vai... O que se vê em comum de tudo isso não escapa: adoramos sustentar uma causa (idéia, conceito, sentimento moral e etc) e sentim

As Motivações do Método Genealógico

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Querendo apenas compartilhar algo que se lê e gera entusiasmo toda vez que leio... Diferentemente de Além do Bem e Mal (um livro com alguns capítulos chatos e cheios daquele racismo ranzinza de Nietzsche - falo de racismo mesmo, daquele que fala de sangue e "luta de raças" - mas ainda assim um livro que merece ser lido) A Genealogia , acredito, preserva maior profundidade. Segue-se o parágrafo 6 do Prólogo de Genealogia da Moral de Nietzsche: "Este problema do valor da compaixão e da moral da compaixão (- eu sou um adversário do amolecimento moderno dos sentimentos -) à primeira vista parece ser algo isolado, uma interrogação à parte; mas quem neste ponto se detém, quem aqui aprende a questionar, a este sucederá o mesmo que ocorreu a mim - uma perspectiva imensa se abre para ele, uma nova possibilidade dele se apodera como uma vertigem, toda espécie de desconfiança, suspeita e temor salta adiante, cambaleia a crença na moral, em toda moral - por fim, uma