Não uma continuação do outro texto Sociologia do Respeito , mas uma construção propositiva nascida das cinzas ideológicas, este texto virá abordar com um teor mais realista e profundo uma das convenções morais mais macabras da história do ser humano, aquela que busca legitimar absurdamente a resignação perpétua, isto é, o respeito. Nos quadrinhos (sem querer fazer uma analogia clichê, mas já fazendo) do Batman existe um personagem que foi e continua sendo objeto de contemplação da filosofia, no que compete aos adeptos do esvaziamento, da niilificação. Este é o Coringa, figura extremamente odiada na história do quadrinho. Símbolo de inúmeros adjetivos negativos, segundo certa hegemonia presente na história, tais como: imoral, vândalo, delinqüente, terrorista, malvado, destruidor, violento, demoníaco - dentre outros - ainda sim é contemplado. Ora, é contemplado simplesmente por ser excêntrico? Às vezes, equivocadamente. O coringa não é objeto elegante de hermenêutica filosófica, mas é u