Ser "Libertário" no Séc.XXI
Há algo que os opositores do pós-modernismo dizem e que vem fazendo muito sentido pra mim. Quanto aos meus pressupostos particulares, estando influenciado por Hakim Bey e demais teóricos de uma "rebeldia múltipla e interpenetrada", eu era refratário frente a qualquer argumento essencialista da teoria revolucionária. Mas desta vez terei de comprar uma das críticas deles, pois ela não me parece essencialista, mas estratégica, qual seja: existe uma tendência generalizada entre pessoas "a esquerda" de se encaixarem no que os liberais atuais chamam, erroneamente (mas de modo interessante), de "marxismo cultural". Em outras palavras, e traduzindo os próprios liberais, estas pessoas abandonaram o projeto e engajamento revolucionário (qualquer que seja) em nome de fragmentos do que seria um projeto revolucionário. Não falam de ruptura da ordem vigente, muito menos de anti-capitalismo, mas preferem falar de - e pautam a totalidade de suas lutas em - feminis