Por Benilson Nunes (Benny) 1. Introdução Para compreender a teoria de Nagel a respeito da consciência, devemos, de antemão, explicitar as suas pretensões metafísicas mais fundamentais. Trata-se do que o autor passou a nomear, em 1986, de “teoria do aspecto dual” (NAGEL, 2004, p. 43) ou, como poderíamos dizer em função de seu monismo, monismo de duplo-aspecto . Essa dualidade de aspectos, segundo Nagel, dá-se em uma terceira coisa [1] que abriga, essencialmente e simultaneamente , o mental [2] e o físico. Dizendo de outro modo, o monismo de duplo-aspecto nageliano é uma teoria da dupla-essencialidade — mental e física — a respeito de um substrato mais fundamental da realidade. Assim, temos que a realidade possui, ela mesma, uma escala última que seria, propriamente, psicofísica . Essa tese da essencialidade psicofísica da realidade advogada por Nagel surge com a pretensão de resolver o problema que ficou intitulado, a partir do artigo Materialism and qual
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