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O Retorno à Intuição Pura de Henri Bergson

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A apreensão subordinada à espacialização levanta problemas de ordem epistemológica que, segundo Bergson, apresenta-se como um impasse para o progresso filosófico. Uma vez que não nos voltamos para os dados imediatos, mas já projetamos, como hábito, as medições e distinções da física às impressões que recebemos, acabamos por reproduzir um vício que pode não condizer com a verdadeira natureza do objeto em questão. Isto é, muitas vezes abstraímos, separando e delimitando limites ao que não é passível de medidas. Sobretudo, falando sobre os eventos psicológicos, atribuímos grandezas espaciais onde não existe espaço. O caráter dos fenômenos psicológicos se apresenta, antes, como qualitativos, em intensa dinâmica, sem demarcações nítidas e isoladas. Uma sensação de alegria, por exemplo, não é algo possível de se aplicar uma régua para calcular sua intensidade em números, pois, na verdade, trata-se de algo com natureza não-espacial. Assim, repetimos o erro de tratar o qualitativo como qua